História aeronáutica Portuguesa – Tenente Lello Portela

A participação de Portugal na Primeira Guerra Mundial foi, no mínimo, “atabalhoada”. O Corpo Expedicionário Português (CEP) previa a existência de um Corpo de Aviação, o qual não tinha aviões dependendo do fornecimento e boa vontade dos Aliados. Desta forma, o Corpo de Aviação nunca chegou a ser activado e os pilotos portugueses seguiram para a Guerra, a fim de serem incorporados nas esquadrilhas Inglesas e Francesas.

Tenente Lello Portela voando um Spad abate um Albatroz alemão.

O Tenente Lello Portela fez parte do reduzido grupo de aviadores portugueses que integraram esquadrilhas de combate francesas e inglesas na Primeira Guerra Mundial. Antes do conflito acabar, o CEP recebeu instruções para regressar mas Lello Portela juntamente com alguns outros pilotos decidiram continuar a combater. Lello Portela voava na famosa esquadrilha francesa “Lafayette”, composta essencialmente por pilotos estrangeiros. Uma vez que a maioria dos pilotos eram Norte-americanos, a esquadrilha passou a usar como símbolo a cabeça de Índio Norte-americano. Seguro da sua “lusitanidade” Lello Portela não usava o símbolo do índio pintado na fuselagem do seu avião, mas sim referências à Bandeira Nacional Portuguesa.

Lello Portela teve várias vitórias aéreas com aeronaves e balões de observação alemães mas nunca chegou a qualificar para “Ás”. À epoca, os aviadores voavam pouco e morriam muito. A Flandres não proporcionava muitos dias com condições propícias para os delicados aviões da época voarem (ventos fortes, chuvas e baixas visibilidades). Sobreviver já era um feito de mestria.

Lello Portela sobreviveu ao conflito e, anos após regressar a Portugal, enveredou pela política e foi Governador Civil de Lisboa.

Publicado por Paulo Gonçalves

Retired Colonel from the Portuguese Air Force

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