As “Bombas de fragmentação”

Muito se tem falado sobre bombas de fragmentação na guerra da Ucrânia. Efetivamente, o termo “fragmentação” está incorreto, uma vez que se tratam (isso sim) de misseis com sub-munições. Porém, não vamos criar entropia teórica na comunicação e falemos das “tais bombas de fragmentação”.

A coisa não tem nada de novo lá para o Leste Europeu, uma vez que foram usadas e abusadas nas guerras de Independência da Croácia e da Bósnia Herzegovina. Aliás, as primeiras baixas de militares portugueses na Bósnia – na missão OTAN/NATO IFOR – em 1996, deveram-se exatamente à explosão de uma sub-munição de um míssil “de fragmentação”.

Neste meu livro “BÓSNIA 95 – GUERRA AÉREA EM MANUTENÇÃO DE PAZ” – reporto a forma como tive de lidar com este tipo de arsenal, quando as forças Sérvias do Setor Norte da Krajina Croata bombardearam Zagreb, no dia 1 de Maio de 1995. Centenas de pequenos invólucros, espalhados em meu redor, prontos a explodir a qualquer toque ou brisa de vento mais forte.

author.paulo.goncalves@gmail.com

Publicado por Paulo Gonçalves

Retired Colonel from the Portuguese Air Force

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