No dia 22 de fevereiro o Embaixador Italiano para a República Democrática do Congo – Luca Attanasio – o seu segurança (Carabinieri) – Vittorio Iacovacci – e o seu condutor – Mustapha Milambo – um congolense contratado localmente, foram brutalmente assassinados a cerca de 20kms de Goma, no Leste da RDC. O local está dentro do Parque Nacional da Virunga, na fronteira entre a RDCongo, o Ruanda e o Uganda, e onde operam vários grupos armados.

O Embaixador seguia numa coluna de veículos do Programa Alimentar Mundial, das Nações Unidas, com o objetivo de visitar e apoiar as atividades de ajuda humanitária que estava a ser providenciada a populações necessitadas da região. Os atacantes raptaram ainda quatro outras pessoas, tendo uma delas sido, entretanto, encontrada pelas forças de segurança congolenses.
As autoridades congolenses apresaram-se a acusar os rebeldes hutus ruandeses das Forças Democráticas de Libertação do Ruanda (FDLR) de estarem por detrás do ataque. Porém, os rebeldes ruandeses da FDLR negam a responsabilidade. Por outro lado, alegadamente um grupo jihadista, próximo do da fação que tem vindo a perpetrar massacres no norte de Moçambique e na Tanzânia, reclamou o ato, praticado por um pequeno comando de seis homens com Kalashnikov. Segundo fontes, esse grupo de jihadistas exorta o sucesso do ataque às Nações Unidas e apela para que se façam mais ataques a diplomatas na região.
A ONU tem cerca de 15.000 militares no país, servindo na missão de peacekeeping MONUSCO. Após o ataque a zona em questão foi imediatamente patrulhada por capacetes azuis de Marrocos, mas, até ao momento, ainda não foram encontradas as 3 pessoas que foram raptadas. A MONUSCO é atualmente uma das maiores e mais perigosas operações da UN.
Apresentamos as nossas condolências às famílias dos falecidos, à comunidade internacional na RDC e a Itália, e desejamos a rápida recuperação daqueles que estão desaparecidos.
